bcc grace & truth. no artigo de hoje, o dr. bob jones compartilha três razões convincentes para lidarmos com nossa ira pecaminosa. o artigo é uma adaptação do capítulo 10 do livro do dr. jones: ira, arrancando o mal pela raiz (nutra, 2010).>bcc grace & truth. no artigo de hoje, o dr. bob jones compartilha três razões convincentes para lidarmos com nossa ira pecaminosa. o artigo é uma adaptação do capítulo 10 do livro do dr. jones: ira, arrancando o mal pela raiz (nutra, 2010).>
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3 razões convincentes...
Por que deveríamos buscar arrancar nossa ira pecaminosa e substitui-la com um fruto piedoso? Num certo sentido, nós precisamos lidar com a ira pecaminosa simplesmente porque Deus ordena assim (Mateus 5.21-22; Efésios 4.22-24, 26-32; Colossenses 3.8). Além do mais, conforme estudamos as Escrituras, encontramos mais três motivos convincentes.
Razão #1: Ira pecaminosa arruína nossa saúde
Em primeiro lugar, nós devemos lidar biblicamente com nossa ira por causa de nossa saúde. Muito antes da chegada da medicina moderna, a Bíblia já descrevia a conexão psicossomática (ou melhor, “espírito-somática”) entre pecado e doença, e entre retidão e saúde. Provérbios 14.29-30 diz:
“O longânimo é grande em entendimento, mas o de ânimo precipitado exalta a loucura. O ânimo sereno é a vida do corpo, mas a inveja é a podridão dos ossos.” (veja também Salmo 32, 38; Provérbios 3)
A estrutura dos versos em hebraico sugere que a antítese “longânimo/ânimo precipitado” está em paralelo com a antítese “vida do corpo/podridão dos ossos”. Ira danifica o corpo; paciência e paz trazem saúde.
Séculos atrás, o pastor-teólogo puritano Richard Baxter também lidou com essa ligação entre ira e saúde debilitada:
“Observe também como a ira é uma inimiga do próprio corpo. Ela inflama o corpo, fomenta doenças, suga a força da natureza, e já colocou muitos em perigos, e tantos outros em doenças crônicas que já provaram a morte.”
Médicos modernos e pesquisadores psicológicos já observaram a mesma ligação entre ira e doenças físicas, incluindo hipertensão e derrame, doenças cardíacas, úlceras gástricas e doenças intestinais. Como um homem confessou para mim sua ira contra sua esposa:
“Eu estou desanimado. Em não estou dormindo, eu estou perdendo peso e estou muito cansado física e emocionalmente. Meu trabalho está prejudicado... Eu quero meu caminhar com o Senhor restaurado e que essas dores estomacais vão embora.”
Ele era um testemunho vivo de Provérbios 14. Perda de sono, cansaço e dores estomacais acompanhavam sua conduta de ira.
Razão #2: Ira pecaminosa destrói relacionamentos interpessoais
Uma segunda razão para lidar biblicamente com nossa ira é que a ira machuca e separa outras pessoas. A ira abafa nossos relacionamentos e nos distancia de amar nosso próximo.
Em Efésios 4.26-32, Paulo nos chama a nos livrar de nossa ira. E o que esses mandamentos tem a ver com relacionamentos interpessoais? Eles surgem no contexto dos relacionamentos “uns aos outros” (Efésios 4.1-6; 4.25-5.2; também Colossenses 3.5-17; Tiago 3.13-4.12). Não se livrar da ira nos separa da unidade, funcionamento e do crescimento adequados do corpo de Cristo. A ira divide e corta a Igreja do Senhor. Talvez, nenhuma outra sentença bíblica enfatize mais esse ponto que Lucas 15.28: “Ele se indignou e não queria entrar...” Em sua ira, ele se distanciou de seus amigos e família.
Ira relacional é uma realidade diária para aqueles que aconselham colegas de quarto, amigos, cônjuges e pais com seus filhos. Filhos respiram em segunda mão a fumaça da ira de suas mães e pais. Nós nos entristecemos com esses relacionamentos quebrados.
Razão #3: Ira pecaminosa entristece e ofende nosso Deus
As duas razões acima – saúde pessoal e paz relacional – deveriam nos motivar a lidar biblicamente com nossa ira. No entanto, elas não são suficientes.
Existe uma terceira razão – a razão mais importante:
Nós precisamos nos livrar de nossa ira para evitar o descontentamento de Deus e trazer honra e deleite a Ele.
Em Efésios 4.31, o apóstolo nos chama a deixar “longe de vós, toda amargura, e cólera, e ira, e gritaria, e blasfêmias, e bem assim toda malícia. ” Por que? Contextualmente, Paulo antecipa esse mandamento com outro mandamento no versículo 30: “E não entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia da redenção. ”
Em outras palavras, a ligação dos versículos 30 e 31 significa que a pior consequência da ira não é uma colite nem um divórcio, mas entristecer o próprio Deus! A passagem paralela em Colossenses 3.5-11 comunica as mesmas verdades. O versículo 8 ordena que os cristãos se livrem de todas as formas de ira porque elas convidam a ira de Deus sobre os ímpios (v. 6) e porque elas são incompatíveis com a nova vida que Deus nos deu (vv. 7, 10-11).
Talvez, a passagem que mostra nosso terceiro ponto de forma mais clara seja Tiago 1.19-20. O apóstolo nos chama a sermos “prontos para ouvir, tardios para falar, tardios para se irar.” Por que? Não porque causa derrame e divórcios (embora possa causar ambos), mas porque desonra, desagrada e ofende a Deus! Conforme Tiago escreve: “porque a ira do homem não produz a justiça de Deus” (v. 20 – ênfase do autor).
Para o cristão, o pior resultado da ira é que ela desonra, desagrada e ofende nosso Senhor. A razão primordial para mudança bíblica – para a substituição da ira por fruto piedoso – está ligada ao nosso relacionamento com Deus, nosso Salvador.
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