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A perigosa atração de morar juntos antes do casamento

Nota: John Smith é pastor da CBC em Nova Iorque, e este texto reflete um pouco dos desafios culturais e espirituais que ele enfrenta em seu aconselhamento.

75%

De acordo com um artigo recente publicado pela NBC News <1>, 75% das mulheres entre 15 e 44 anos viveram com um namorado antes de completar 30 anos. Setenta e cinco por cento. Eu creio que o número é semelhante para os homens.

Infelizmente, na minha experiência de aconselhamento pré-matrimonial com centenas de casais cristãos, descobri que a porcentagem não é muito menor para crentes professos.

Por que isso acontece? Por que tantos cristãos solteiros vivem sob o mesmo teto? Por que a coabitação antes do casamento se tornou a nova norma na Igreja? Existem pelo menos três razões.

Por que casais cristãos moram juntos

Faz sentido lógico

Admito que morar juntos antes do casamento faz sentido—pelo menos a partir de uma perspectiva humana momentânea. Viver juntos fornece um conjunto maior de informações para avaliar se o outro é “apessoa”. Possibilita economia de dinheiro, já que os casais normalmente dividem o aluguel, as compras e as necessidades básicas dos apartamentos. Elimina a temida viagem para casa no meio da madrugada depois de uma noite de estadia. Permite que o casal cresça exponencialmente mais próximo à medida em que vive a vida lado a lado. Viver juntos fornece esses e muitos outros benefícios. Faz sentido lógico—de um ponto de vista humano e míope.

A sociedade comemora

Em segundo lugar, morar juntos antes do casamento tornou-se comum na Igreja porque muitos cristãos tornaram seus os valores seculares atuais. Nossa sociedade preza por “experimentar antes de comprar”, pela conveniência a qualquer custo, pelo sexo sem regras, pelo companheirismo sem compromisso e pelo relacionamento sem responsabilidade—tudo o que morar juntos antes do casamento proporciona. Ao invés de questionar tais valores—ainda que não francamente se opondo a eles—inúmeros cristãos os adotaram. Não é de admirar que muitos deles estejam vivendo juntos antes de se casarem.

Líderes da Igreja ignoram

Finalmente, a coabitação pré-marital tornou-se comum na Igreja porque os líderes cristãos têm se mantido relativamente silenciosos sobre o assunto. Os pastores insinuam que desaprovam os casais que moram juntos durante o aconselhamento pré-matrimonial, mas ainda celebram com alegria seus casamentos. Líderes de pequenos grupos sabem que devem confrontar seus membros que moram juntos antes do casamento, mas fazem vista grossa porque sentem que lhes falta o capital relacional necessário para tratar de uma questão “pessoal”. Amigos cristãos maduros e membros da família—até mesmo pais piedosos—não querem perturbar seus relacionamentos, então varrem os pecados de seus entes queridos para baixo do tapete. Por uma série de razões, a maioria enraizada no medo, os líderes da igreja estão ignorando o proverbial elefante na sala e permitindo que casais solteiros morem juntos.

As consequências de morar juntos

Previsivelmente, esse crescente fenômeno de morar juntos antes do casamento vem com muitas e variadas consequências negativas. Aqui estão apenas algumas:

A temível separação

Digamos que um casal que mora junto se separa. Ao morarem juntos, eles criaram um vínculo tão forte que só pode ser cortado com uma faca que parte o coração, resultando em uma dor intensa—que pode durar por toda a vida—para ambos. Além disso, se um dos parceiros se casar mais tarde com outra pessoa, o cônjuge sentirá a dor de saber que é a segunda/terceira/quarta/quinta pessoa na lista de parceiros que moraram junto com ele/ela.

O fator “medo”

A coabitação antes do casamento coloca o casal em uma situação vulnerável. Por um lado, cada pessoa está dando a sua mente, corpo, emoções, bens materiais, tempo e espaço de vida ao seu namorado ou namorada. Por outro lado, eles não têm absolutamente nenhuma garantia de que a pessoa permanecerá no relacionamento a longo prazo. Isso cria um ambiente silencioso, e frequentemente suprimido, de insegurança e medo.

Colocando o padrão muito alto

Quando um casal está morando junto antes do casamento, ambos dão o melhor de si. Eles ficam em forma. Eles cozinham, limpam e tiram o lixo sem serem solicitados. Eles "servem" desinteressadamente um ao outro debaixo do lençol. Por quê? Eles querem impressionar um ao outro. O problema com isso? Digamos que eles se casem. Depois de passar por essa etapa, eles não precisarão mais impressionar um ao outro. Então, vão tirar o pé do acelerador e se tornarão eles mesmos. O resultado? Desilusão. O casamento (e o sexo, em particular) cairá em comparação com os dias excitantes, porém irreais, em que eles viveram juntos antes do dia do casamento.

Apenas outra segunda-feira

Talvez a coisa mais triste que um casal recém-casado tenha me dito foi: “Porque nós vivíamos juntos antes do casamento, o dia em que voltamos da nossa lua de mel parecia ‘apenas outra segunda-feira’”. Morar juntos antes do casamento suga a novidade, a alegria e o sentimento surreal das semanas, meses e anos que seguem o grande dia. Nada é realmente novo, exceto os anéis de ouro nos dedos.

A verdadeira tragédia

Mesmo com tudo isso, a maior tragédia para casais cristãos que decidem morar juntos antes do casamento é que eles estão vivendo fora da vontade de Deus. De acordo com Gênesis 2.24, quando um casal se casa, eles se tornam uma só carne. A ordem é importante aqui. Primeiro, eles se casam. Então eles se tornam uma só carne. A coabitação antes das núpcias, no entanto, inverte essa ordem ou elimina completamente o componente do casamento. Não foi isso que Deus planejou. Não é a vontade dele. De fato, é pecado. E, no fim das contas, nada de bom acontece quando vivemos em pecado.

Mas há esperança

A maioria das pessoas acha que um casal que decide morar juntos está em um trem em movimento que não pode parar. Errado. Pela graça de Deus, consegui convencer muitos casais cristãos a fazer o impensável—sair de casa. Sim, é terrivelmente inconveniente. Sim, custa caro. Sim, não faz sentido algum para o mundo incrédulo. Mas eu vi fiéis seguidores de Jesus darem esse belo passo de obediência e nenhum deles se arrependeu. Aqueles que acabaram se separando experimentaram muito menos dor após o rompimento. Aqueles que se casaram se regozijaram no dia do casamento, ao experimentarem um sentimento redimido de novidade e admiração.

Minha carga

Pastores, conselheiros e irmãos crentes—vocês farão o que é difícil? Vocês encorajarão gentil, graciosa e amorosamente casais cristãos que moram juntos antes do casamento a pararem de viver juntos? Vocês enfrentarão seus medos de perder aprovação e falar a verdade na vida deles? Vai ser difícil. Vai ser estranho. Pode ser que isso os irrite. Mas será uma verdadeira demonstração de amor.

E se você está vivendo com o seu parceiro e você não é casado, posso gentil e amorosamente encorajá-lo a sair?

Eu prometo que você não vai se arrepender.

Questões para reflexão

Se você é um cristão e está morando com seu namorado ou namorada antes do casamento, por que escolheu fazê-lo? Se você é um conselheiro ou pastor, como você usará o evangelho para aconselhar um casal não casado que esteja morando junto? Como um relacionamento com Jesus Cristo influencia o namoro? Como um casal piedoso deve se diferenciar de outros casais de namorados?

<1> Jonel Aleccia, “‘The new normal’: Cohabitation on the rise, study finds,” NBC News, 4 de abril de 2013, https://www.nbcnews.com/healthmain/new-normal-cohabitation-rise-study-finds-1C9208429.

originalmente=">originalmente" publicado="publicado</a>" no="no" blog="blog" da="da" >Biblical=">Biblical" Counseling="Counseling" Coalition.="Coalition</a>." Traduzido="Traduzido" por="por" Gustavo="Gustavo" Santos="Santos" e="e" revisado="revisado" Lucas="Lucas" Sabatier.="Sabatier." Republicado="Republicado" mediante="mediante" autorização.="autorização.">

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