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2 versículos que captam os 4 pontos do compasso do Aconselhamento Bíblico


Precisamos de um GPS

Ajudar pessoas que estão sofrendo é algo complexo. Pode dar a impressão de um labirinto – ou como a imagem que você vê no início desse post – o zig-zag de várias estradas que facilmente te deixariam perdido...

Precisamos de um GPS: Gospel Positioning Scripture . Precisamos da sabedoria de Deus para saber por onde começar, por onde prosseguir e como chegar lá.

Nos últimos trinta anos, pratiquei e ensinei uma abordagem ao aconselhamento bíblico que enfatiza os quatro “pontos de um compasso”:

  1. Sustentação Bíblica

  2. Cura Bíblica

  3. Reconciliação Bíblica

  4. Direcionamento Bíblico

Você pode ler sobre esses quatro aspectos do aconselhamento bíblico no livro Gospel Conversations: How to Care like Christ. Para uma breve introdução, confira o texto original com diversos links, inclusive links para duas lições em PowerPoint e dois esboços escritos sobre suporte, cura, reconciliação e direcionamento.

Descrevendo aconselhamento bíblico Paracalético e Noutético

Frank Lake, escrevendo nos anos de 1960, notou que:

“O cuidado pastoral é defeituoso a não ser que lide de forma completa com ambos os males que temos sofrido quanto com os pecados que temos cometido.”

Outros já descreveram cristãos usando quatro palavras: santos, sofrimento, pecado e santificação. Nós somos:

Santos que enfrentam sofrimentos e combatem o pecado na nossa jornada de santificação.

Vivemos em um mundo caído e que frequentemente “cai” sobre nós. Nós usamos aconselhamento bíblico para o sofrimento e santificação através do suporte e cura no cuidado da alma: aconselhamento bíblico paracalético.

Nós também ainda não somos perfeitos ou glorificados. Precisamos de aconselhamento bíblico para o pecado e a santificação através de reconciliação e direcionamento no cuidado da alma: aconselhamento bíblico noutético.

Sustentação bíblica: “É normal sofrer

Na sustentação, nós nos juntamos àqueles que estão sofrendo – confortando-os ao chorar com eles. Nós sofremos com eles, tendo empatia – nos identificando de forma compassiva com eles em suas dores. O suporte dá ao outro a permissão para sofrer. Comunica a verdade bíblica de que é normal sofrer quando nosso mundo caído se desfaz sobre nós. Com o suporte entramos no sofrimento e desperança que o outro sofre durante sua história nessa terra. Lutas compartilhadas são lutas mais fáceis de serem carregadas.

Eu uso uma figura macabra para capturar a essência do ministério de sustentação: subir no caixão. Eu tirei essa ideia de 2 Coríntios 1, onde Paulo diz: “pois que fomos sobremaneira agravados mais do que podíamos suportar, de modo tal que até da vida desesperamos. Mas já em nós mesmos tínhamos a sentença de morte” (2 Coríntios 1.8b–9a). Quando Paulo se desesperou e sentiu a sentença de morte, ele queria que os Coríntios “subissem em seu caixão” – para se identificarem com o sentimento da sentença de morte.

Cura Bíblica: “É possível ter esperança”

No aconselhamento bíblico que busca a cura, nós compartilhamos a jornada com aqueles que sofrem em direção a Cristo, encorajando-os a viverem hoje à luz de Cristo e Sua eterna esperança. Quando coisas ruins acontecem ao povo de Deus, Satanás tenta tirar Deus da cena. Ele tenta as pessoas para que concluam: “A vida é ruim; Deus é soberano; então Deus deve ser ruim também!” Deus nos chama a colocar Cristo de volta na cena. Nós temos o privilégio de compatilhar da jornada com aqueles que sofrem ao ouvir junto deles a eterna história da esperança salvadora de Deus em Cristo. Nós caminhamos com eles até que possam dizer com convicção: “A vida está ruim, mas Deus é bom”.

Para equilibrar a imagem de subir no caixão, comunico a essência do ministério de cura com o celebração do túmulo vazio!Anteriormente, atentamos às palavras de Paulo em 2 Coríntios 1.8b-9a. Paulo continua: “Isso aconteceu para que não confiássemos em nós mesmos mas em Deus, que ressuscita os mortos” (2 Coríntios 1.9b). Paulo não continua no caixão porque Jesus não permaneceu no túmulo! Por conta da ressurreição, é sempre possível ter esperança!

Reconciliação bíblica: “É horrível pecar, mas é maravilhoso ser perdoado”

As pessoas vêm a nós não apenas sofrendo, mas machucadas. Elas não apenas precisam de conforto e encorajamento bíblico através de sustentação e cura paracaléticas; elas também precisam de disciplina e discipulado através de direcionamento e reconciliação noutéticas.

Na reconciliação, Deus nos chama a expôr o pecador de forma humilde, mas firme – falando a verdade do evangelho em amor (Efésios 4.15). Como os primeiros cristãos, estamos cientes do engano do pecado, e então nos comprometemos a certificar de que ninguém tenha um coração corroído pelo pecado, um coração descrente que se desvia do Deus vivo (Hebreus 3.7–19). Como os puritanos, somos capazes, quando necessário, de “encher a consciência de culpa”, para que corações duros sejam amaciados pelo Espírito de Deus da verdade.

Reconciliação bíblica não acaba com a exposição do pecado do coração. Deus também nos chama para sermos habilidosos ao enfatizar a graça – quando nos diz que onde abundou o pecado, superabundou a graça (Romanos 5.20). Não apenas dizemos que “é horrível pecar”, mas também transmitimos a mensagem de que “é maravilhoso ser perdoado”. Na reconciliação bíblica, transmitimos que “Deus é gracioso com você mesmo quando está cheio de pecado”. Nós não apenas enchemos a consciência de culpa; como os puritanos, deixamos a consciência mais leve com a graça.

A imagem que eu uso para passar a ideia de reconciliação é a imagem de todo cristão sendo um despenseiro de graça. A graça é o remédio de escolha de Deus para o nosso pecado. A graça é a prescrição de Deus para a nossa desgraça.

Direcionamento bíblico: “Amadurecer é sobrenatural

No direcionamento bíblico, ajudamos pessoas a discernirem como Deus dá seu poder para que os antigos hábitos pecaminosos sejam mortificados e os novos hábitos da nova natureza em Cristo sejam exercitados. Nós as ajudamos a praticar as disciplinas bíblicas espirituais que as conectam com o poder da ressurreição de Cristo (Filipenses 3.10). Nós as assistimos ao pensar através das implicações da identidade em Cristo e o que Cristo já fez por elas (os indicativos do evangelho), e as implicações dos comandos de obedecer a Cristo de um transbordar de gratidão pela graça (os imperativos do evangelho). Nós praticamos o que os cristãos do primeiro século praticavam ao encorajar uns aos outros no amor e nas boas obras (Hebreus 10.19-25).

A imagem que eu uso para o direcionamento é o espalhar das chamas dos dons de Deus. Nosso papel não é inserir poder em nossos aconselhados. Nosso papel é incentivar e alimentar as chamas dos dons dados por Deus que eles já possuem, da mesma forma que Paulo incentivou o dom de Deus em Timóteo (2 Timóteo 1.6–7).

Romanos 15.4 – Um verso que capta sustentação e cura paracaléticas

Nas últimas três décadas, venho ensinando esses quatro pontos de um compasso a partir de toda a Escritura (e da história da igreja também). Aqui vai um versículo que capta esses dois primeiros pontos do compasso: “Pois tudo que foi escrito no passado foi escrito para nos ensinar de forma que através da persistência e encorajamento das Escrituras nós tenhamos esperança” (Romanos 15.4).

Para que a Escritura é suficiente? Para o aconselhamento paracalético no sofrimento e na santificação.

  1. Sustentação: “Através da persistência das Escrituras” – A Bíblia provê a nós o conforto – uma fortaleza compartilhada que sustenta nossa fé. Angústia compartilhada é angústia mais fácil de ser levada.

  2. Cura: “Através do encorajamento das Escrituras podemos ter esperança” – A Bíblia nos encoraja – deposita coragem em nós para que saibamos que é possível ter esperança.

2 Timóteo 3.16 – Um verso que capta reconciliação e direcionamento noutéticos

Aqui temos nosso segundo versículo, que capta os próximos dois pontos do compasso: “Toda Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, correção, admoestação e prática em retidão” (2 Timóteo 3.16).

Para que a Escritura é suficiente? Para o aconselhamento noutético pro pecado e pra santificação.

  1. Reconciliação: “Para a correção e admoestação” – Expondo os horrores do pecado e nos fazendo voltar às maravilhas da graça.

  2. Direcionamento: “Útil para o ensino e prática em retidão” – ajudando as pessoas a discernirem a vontade de Deus e capacitando-as a viverem a vontade de Deus através do Seu poder.

Questão para reflexão

Se você pudesse usar apenas dois versículos que captam a sua abordagem para o aconselhamento bíblico, quais dois versos usaria?

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*Os conceitos e posicionamentos emitidos nos textos aqui publicados são de inteira responsabilidade dos autores originais, não refletindo, necessariamente, a opinião da direção e membros da ABCB em sua totalidade.

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