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O Que é o Coração

A importância do coração para o processo de mudança Por que o “coração” merece atenção entre os conselheiros bíblicos? O que existe de tão importante sobre o “coração”? Quais são suas implicações para o ministério de aconselhamento bíblico? A Palavra de Deus aponta o “coração” como um elemento importante para o processo de transformação e de ajuda mútua. Considere:

O que é De acordo com a Palavra de Deus, o coração é o centro de controle do homem. O coração do homem faz referência ao homem interior, que é tudo o que não se refere ao corpo físico (Mateus 13.15). É no coração do homem que residem os pensamentos, intenções, crenças, desejos e emoções. No Novo Testamento, o conceito de centro do controle do homem também é chamado de mente, alma e espírito (por exemplo, Romanos 12.1, 2). São termos diferentes que apontam para uma mesma realidade, como as diversas faces de um mesmo diamante. Em suma, o coração reflete a verdadeira identidade de alguém: “Assim como a água reflete o rosto, o coração reflete quem somos nós” (Provérbios 27.19).

Sobre seu funcionamento A análise de algumas passagens bíblicas aponta o coração como centro de controle em três áreas principais do funcionamento humano: intelecto, emoção e vontade. Primariamente, o coração refere-se ao intelecto, que inclui pensamentos, crenças, lembranças, juízos, consciência e discernimento (1 Reis 3.12; Mateus 13.15; Marcos 2.6; Lucas 24.38; Romanos 1.21; 1 Timóteo 1.5). Outra parte do centro de controle do homem é composta pelas emoções (Deuteronômio 28.47; 1 Samuel 1.8; Salmo 20.4; 73.7; Eclesiastes 7.9; 11.9; Isaías 35.4; Tiago 3.14;). E, a terceira área do coração faz referência à vontade. A vontade é o aspecto da parte da pessoa interior que escolhe ou determina ações (Deuteronômio 23.15-16; 30.19; Josué 24.15; Salmo 25.12). A interação dos três no coração do homem resulta em ações como reflexo de uma condição interna de seu coração (Marcos 7.21-23).

Implicações para o aconselhamento O processo de mudança genuína tem que acontecer no coração e visando sua transformação: “acima de tudo, guarde o seu coração, pois dele depende toda a sua vida” (Provérbios 4.23). O problema do seu aconselhado não é uma questão meramente comportamental, mas uma condição de coração que carece da graça transformadora do Evangelho. O problema é grave porque o coração é corrupto e enganoso (Jeremias 17.9). A presença do pecado influencia tudo o que alguém pensa, deseja e sente. Nesse contexto, o conselheiro encontra sua limitação em transformar corações e carece de recursos espirituais. Somente o Espírito Santo, através da Palavra de Deus, pode revelar a verdade por trás de decisões tomadas no coração humano (Hebreus 4.12). E, somente um coração transformado pela graça de Cristo pode agradar a Deus (2 Coríntios 5.9, 15). Por isso, o Evangelho deve ser exposto e aplicado ao pensamentos, sentimentos e desejos do coração do seu aconselhado. A dinâmica de transformação no aconselhamento não é meramente de ordem comportamental, mas uma mudança de condição de coração. É o coração alcançado por Cristo que irá gerar pensamentos, desejos e sentimentos transformados que, por sua vez, irão influenciar ações comportamentais diferentes. Mudança genuína.

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